O início do fim

Momento deprê.
Eu tenho me sentido vazia. Às vezes me pego pensando qual o sentido disso tudo? Será que tem um sentido? Será que eu não to fazendo a coisa errada?
Eu sinto uma vontade imensa de... explodir! Explodir de raiva, de felicidade, de cansaço, de alegria... de qualquer coisa. Só explodir. Sabe? Boom.

Tempo, tempo, tempo...

Agora eu entendo aquela sensação de felicidade que meu pai transmitia cada vez que chegava um sábado.
Enquanto criança, eu não percebia o valor imensurável dessas 48h semanais em que somos LIVRES.

As obrigações existem, a pilha de louça pra lavar, as roupas sujas, a casa bagunçada, os filhos com fome, os livros da faculdade... tudo isso existe. Mas o simples fato de não precisar trabalhar supera qualquer tarefa doméstica e torna o FINAL DE SEMANA um momento sagrado.

Depressão-pós-volta-ao-trabalho. Acho que é isso. Eu, que nunca gostei de ficar ociosa, daria tudo pra voltar a minha licença maternidade e ficar em casa de perna pro ar. De perna pro ar sim, porque meu picorrucho é um santo bebê e talvez o que me menos me incomoda até então.

Não existe nada mais frustante do que passar o dia aprisionada num lugar indesejável, fazendo um serviço sem graça, olhando o sol lá fora e contando as horas pra sair. E quando chega essa hora, já é noite. E não tem mais sol.
Meus filhos passam 9 horas na escola, 11 horas dormindo (não disse que são uns anjos?), e o resta pra MIM são 4 horinhas diárias. 4!!!
Eu queria que meu dia tivesse mais horas. Mais horas pra viver!