Cinematerna - eu fui!

Finalmente fizemos nossa estréia no Cinematerna, eu e Henrique. Pra quem não conhece, vale a pena conferir: www.cinematerna.org.br

Meu filho Gabriel não pode ir mais, já perdeu a validade (é para bebês até 18 meses).

Tenho que dizer que foi uma AVENTURA.

Pra começar, cheguei atrasada. A sessão iniciava as 14h e a última vez que olhei o relógio, ainda dentro do ônibus, já eram 14:09. Desci correndo, com o Henrique no sling, atravessei todo shopping, cheguei na fila da entrada suando (justo no dia que o calorão foi embora e fez só 22ºC), pedi o ingresso pra sessão do Cinematerna, pois a essas alturas nem sabia mais o nome do filme!

Gente, fazia uns 2 anos (sim, ANOS) que eu não ia no cinema. A última vez eu estava grávida do meu primeiro filho ainda. E logo de cara já vi a primeira mudança: agora a gente pode escolher a POLTRONA. Me senti uma colona embarcando numa viagem aérea! "A senhora por favor escolha sua poltrona". "Hã? Como assim?" Fiquei olhando praquela tela com o mapa de assentos e não conseguia entender onde era o início e onde era o fim. Pra facilitar, olhei bem no meio e escolhi m número. "Sei lá, pode ser o 10". "10 de qual fila, senhora?". Anta! Todas as filas são numeradas iguais!!! HAHAHAHA. Tive que rir da minha própria cara. Já que a atendente era antipática demais pra achar graça da situação.

Bom, mas aí entrei na sala. Pergunta se sentei na minha poltrona? Claro que não! Tinha muiiiitos lugares vazios e se eu ainda fosse perder tempo procurando A MINHA poltrona no H10 eu provavelmente perderia a outra metade restante do filme.

Sentei na cena em que o George Clooney fazia insinuações sexuais sobre o tamanho de seu órgão reprodutor para uma mulher num bar. Minutos depois os dois foram para um quarto e tcharam! Aí eu entendi porque bebês maiores de 1 ano e meio não podem ir às sessões. Seria constrangedor.

O que, para minha surpresa, não foi nem um pouco constrangedor foi aquele monte de bebê fazendo ruidinhos. Que coisa mais legal!!! Juro, muito legal mesmo. Me senti em casa. (afinal, na minha casa o que não falta são bebês). De um lado bebê dormindo, de outro bebê comendo, bebê mamando, bebê brincando no chão, bebê reclamando, bebê arrotando enquanto George Clooney trepa no telão! ADOREI!

Meu filho se comportou muito bem, não chorou nenhuma vez. Porém....... Depois da mamada, ele ficou um pouco inquieto no meu colo e aí adivinha? Lembrei de um post sobre as melecas que escrevi aqui outro dia. Sim,  se cagou. Mas se cagou MUIIIIITO. Quando eu senti aquilo quentinho na minha perna, deu vontade de berrar um "eu não acredito!!!" bem alto. Tomei coragem e levantei... tive que estreiar o trocador também! São dois trocadores, muito bem equipados mas muito mal posicionados. Ficam lá na frente, distraindo quem assiste ao filme. Mas faz parte do show, assim como os bebês que ficam correndo embaixo da tela e espalhando seus brinquedos por toda sala... o máximo! Bom, troquei a fralda e graças a deus eu tinha levado uma roupa extra, porque o estrago foi grande. Só não levei roupa extra pra mim, porque não imaginei que fosse preciso. Na proxima eu levo até banheira, porque só um banho pra resolver 100%.

Agradeço a moça da organização que me auxiliou e até meteu a mão na merda! Muito simpática.

Voltando ao nosso assento, Henrique não podia deixar de dar aquela golfada. Voou vômito quase na cadeira ao lado, mas ainda bem não tinha ninguém e no escurinho acho que ninguém percebeu. Coitado de quem sentar lá depois.

Mas entre cagados e vomitados, foi tudo muito ótimo!! Adorei de verdade. O Cinematerna está recomendadíssimo!!! Na próxima sessão estaremos lá. Prometo chegar cedo, escolher a poltrona certa e levar muitas roupas extras.

"Bota o casaquinho meu filho" uma ova!

Dizem que mãe de primeira viagem tem mania de querer encher o filho de roupa, mesmo no verão. Bom, eu não tive esse problema porque meu primeiro filho nasceu no inverno. Acontece que o Henrique, meu segundo, esse sim, não nasceu apenas no verão, nasceu NO CALOR. As altas temperaturas que têm sido registradas aqui em Porto Alegre já são recordes! Desde início de janeiro estamos vivendo dentro do caldeirão!!

E aí, meu bem, haja saúde.

Nessa hora não basta o bom senso materno. No começo eu confesso que tinha receio de deixar o menino tão pelado. E colocava uma meinha. Mas depois eu comecei a PENSAR e imaginar o que seria de mim se eu estivesse usando uma meinha em plenos 40ºC portoalegrense. Ok, pela o pé também.

Mas aí a sensação térmica se foi aos quase 45ºC e já não adiantava mais andar sem roupa. Seria preciso andar debaixo dágua!! Entre jogar o Henrique no Guaíba e ligar o ar condicionado, preferi a 2ª opção.

E é aí que mora o perigo.

Entra em casa, ar condicionado. Sai de casa, bafão. Entra no carro, ar condicionado. Sai do carro, bafão. Entra no shopping, ar condicionado (esse a -30ºC!!), volta pra rua, bafão. E assim a gente vai, variando a temperatura em 20ºC a cada 30min... quem é que vai resistir?!?

Fazem umas 5 noites que o Henrique tem dormido muito melhor. Chega a dormir 5 horas seguidas (mãe de recém nascido sabe que isso é a glória!!). Pois agora se foi tudo por água abaixo. Agora ele não dorme mais por causa do nariz entupido.

E eu só sei duma coisa... ter bebê no inverno é muito mais fácil.

Melecas Cotidianas

Vocês, que são mães, já perceberam como volta e meia a gente tá falando de COCÔ?!? E o pior, com a maior naturalidade do mundo. "Ah, porque meu filho faz cocô durinho, mas cheira muito mal quando ele come mamão". "E quando ele come beterraba sai até meio rosado". Papo legal. Principalmente quando ele começa no meio do almoço de domingo, na casa da sogra. "Essa lasanha me lembrou que precisamos marcar uma consulta na pediatra... o bebê está fazendo um cocô muito mole". "Humm, delícia de lasanha hein sogra".
O cocô não sai da cabeça.


E não sai do lençol também. Eita coisinha que mancha, principalmente aqueles que saem com pressão, como se fosse um tiro de basuca. Sabem? Eu sei que vocês sabem.
Meu filho Gabriel, quando era recém nascido, cagava a cada 3 horas. Exatamente o período das mamadas. E na maioria das vezes não dava nem intervalo. Era mamá e cocô ao mesmo tempo. Por 2 segundos ele parava de sugar e dava aquela espremidinha discreta e...... o que vinha depois não era nada discreto.


Com 1 mês de idade levamos ele pra fazer o tal teste da orelinha. Durante o exame o bebê precisa ficar parado (e sem chorar) por 1min. 1min? 1min não é só, é muito, acreditem. Como ele não parava, a médica pediu que eu colocasse ele pra mamar. Ok, parou. Mas o estrondo gastro-intestinal que veio em seguida, imaginem, naquela sala com isolamento acústico onde se escuta até um alfinete caindo no chão, foi memorável.


Só teve uma coisa que me fez rir mais do que isso. 1 ano e meio depois, quando levei o Henrique pra fazer o mesmo teste, no mesmo lugar, com a mesma médica, adivinhem só? Foi a mesma coisa.
Mas chega de falar de cocô. Vamos falar de vômito.


Existe outro quesito em que eles não negam que são irmãos: o vômito. Tanto um quanto o outro, meo deos, regurgitam praticamente todo leite que bebem. E não venham me dizer que é refluxo! Não é. A pediatra já disse que é normal. Se ele só vomita, não chora e não perde peso, é normal. Ok, quem chora (mas nem assim perde peso) SOU EU. Eternamente fedendo a leite azedo, com a blusa molhada, não só do leite que sai de dentro, mas do que vem de fora! Uma beleza.


Mas enfim.. esse assunto todo me deu uma vontade de tomar um banho. No chuveiro.


Amanhã eu volto.

O retorno

Pois então.
Na minha primeira licença maternidade, em 2008, eu resolvi que ia fazer um blog, um espaço pra desabafar e também pra registrar todas as façanhas e aventuras do meu filho. Tudo ia muito bem, até que um hacker cretino qualquer levou embora minha senha do gmail e eu perdi TUDO, inclusive o blog. Por enquanto ele continua ativo, no limbo cybernético. De vez em quando eu me divirto relendo alguns momentos.

Bom A Primeira Viagem acabou, ironicamente no dia em que descobri minha SEGUNDA GRAVIDEZ. Meu filho tinha 8 meses, mal engatinhava. Hoje o maninho já nasceu e está com 2 meses. Gabriel e Henrique são os dois presentes mais lindos que o Fred já me deu.

Então, cá estou, 1 ano e meio depois, novamente em licença maternidade. É hora de começar um novo blog. As histórias para contar são muitas, afinal, agora somos quatro.