2011 vem aí

2010 definitivamente não foi o melhor ano da minha vida. Eu poderia ficar aqui me lamentando, enumerando defeitos, fazendo resoluções, buscando respostas... que jamais existirão. Mas não! Hoje, dia 31 de dezembro, eu só vou dizer uma coisa: MUDANÇA.

E o resto, deixo ela falar por mim:

" Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante

que a velocidade.


Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.


Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.


Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.


Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.


Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.


Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.


Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.


Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.


Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.


Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.


Tente.


Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.


Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.


Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.


Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.


Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.


Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.


Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.


Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.


Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.


E aproveite para fazer uma viagem
despretensiosa,
longa, se possível sem destino.


Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.


Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.


O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !


Repito por pura alegria de viver:

a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena! "

- Clarice Lispector.

Henrique 1 aninho

Escrevi sobre o Natal e atropelei uma data importante que veio antes:
o 1º aniversário do Henrique!

Nosso caçulinha está crescendo... E todo parente/amigo/estranho me diz "aproveita que passa voando!" Pois é, isso eu já sei. E, em certos momentos eu quero mais é que voe mesmo!!

Já passei por isso, então posso dizer com mais convicção ainda: pra mim, essa fase é a pior. Quando o bebê engatinha e já fica em pé, mas ainda não caminha... Treina os primeiros passos e insiste em fazer isso nos piores lugares possíveis, tipo na beira duma escada, ao lado de uma quina ou em cima do sofá. E aí a super mãe tem que estar lá, sempre atenta, sempre a postos, sempre sempre. Depois, quando eles caminham sozinhos, comem sozinhos e às vezes até guardam a bagunça sozinhos, tudo fica mais fácil. Sobra mais tempo pra viver. Sim, eu estou cansada.

Mas no fundo também estou feliz. Henrique é mil vezes mais ativo que o irmão, faz muito mais bagunça, sujeira e arte! É super risonho, simpático e já demostra uma personalidade bem forte. Quando contrariado, chora pra valer. Ele chora muito mais de furioso do que de qualquer outra coisa. Se tirar o brinquedo da mão dele, por exemplo, ele vai chorar muito mais do que se tivesse caído de cabeça no chão!! Será que puxou a mãe?

7 dentinhos! o sorriso está ficando diferente. Adora comer, de tudo. Enfia a mão na boca, tira a comida pra dar uma olhadinha e depois coloca de volta. Na hora de dormir, gosta de ficar um pouco no colinho e tem o sono um pouco leve. É calorento, muito! Amaaa um ar condicionado. Música é outra paixão. Seja qual for, ele já sai se balançando e batendo palminha sem parar. Só tem uma coisa que ele ama mais do que tudo isso: o irmão Gabriel. Vive correndo (ou nesse caso, engatinhando) atrás dele. E puxa os cabelos, e bate na cara e ri sem parar! Cai na gargalhada quando o Gabi faz gracinhas pra ele.

Eu ainda não descobri nada mais lindo que esse amor fraternal. É essa interação espontânea, sincera e inspiradora entre os dois que me dá forças para continuar.
 
Que venham mais 1, 2, 3... vários anos.

Então é Natal...

Mais um ano se passou... mais um Natal chegou.

Eu confesso que essa época do ano me deixa mais deprimida do que o normal.

Se parar pra pensar, o Natal pra mim perdeu a graça quando eu deixei de ser criança. E não só porque a magia do Papai Noel se desfez... Acho que a principal mudança foi a separação da minha família. Quando eu fiz 11 anos, mudei de cidade com meus pais e irmão. Uma das minhas primas também  foi embora pra outro lugar. Enfim, cada um pro seu canto. E acabaram-se as ceias natalinas cheias de preparativos, de enfeites, de comidas, de presentes... de família. Ficou difícil reunir todo mundo. Ficou mais difícil ainda achar graça num Natal sem graça.

Em dezembro de 2008 aconteceu algo que viria acabar de vez com meu espiríto natalino: o falecimento da minha mãe. Mas 6 meses antes eu havia ganhado algo muito valioso e que 1 ano após me mostraria que tudo é possível, e que a verdadeira magia estava apenas renascendo: meu filho.

No Natal de 2009 o Gabriel tinha 1 ano e meio e o maninho Henrique havia acabado de nascer. Foi quando tudo mudou. Naquele ano os olhinhos curiosos do Gabriel descobriam o mundo, as luzes, as cores, os sons. Eu que sempre odiei shopping em época de festas de fim ano, achei um motivo para amar-muito-tudo-isso. Observar as pequenas e fabulosas descobertas do meu filho não tem preço. Bastou isso pra mudar meu conceito em relação ao Natal. Até árvore eu montei em casa!

Bom, em 2010, não preciso dizer que tudo isso aconteceu em dobro. O Henrique completou 1 aninho e agora é ele quem fica maravilhado com todas essas coisas. Ao mesmo tempo, o Gabriel está em outra fase, nem por isso menos fascinante. Esse ano aproveitamos a história do Natal e Papai Noel para fazer algo que vai totalmente contra os meus princípios anti-capitalismo-forçado-em-datas-festivas-que-nada-tem-a-ver-com-presentes-materiais. Mas por uma questão de necessidade, me rendi. Com alguma antecedência começamos a conversar com o Gabi sobre a possibilidade de dar o bico dele ao Papai Noel na noite de Natal, em troca de uma bicicleta. No começo foi só um bate papo, mas ele se empolgou tanto com a história que começou a contar pros colegas na escola, apontava as bicicletas na rua e dizia que era "igual o Biel vai ganhá". Então resolvemos investir de verdade.

Chegou o grande dia. Falei para o Gabriel que "HOJE é o Natal". Combinamos que ele deixaria o bico dentro da bota do Noel, pendurada na nossa árvore. Nossa ceia seria na casa dos avós, então quando voltássemos, o bom velhinho teria levado o bico embora e no pé da árvore estaria a tão aguardada bicicleta. Ele ficou radiante, nem esperou eu terminar de falar e já estava me dando o bico, pra iniciar o ritual. Voltamos pra casa já era meia noite. Ele ficou acordado e no caminho fazia comentários, num misto de excitação e nervosismo que chegava a dar pena! Quando abrimos a porta e lá estava o pacote, foi só alegria!!! Ele sequer lembrou do tal bico... Queria abrir o presente, queria montar a bicicleta, queria sair pedalando na madrugada afora!!! Eu nunca tinha visto meu filho daquele jeito. Foi aí que eu percebi que ele está crescendo, está fazendo escolhas, está mostrando suas vontades e preferências. Ele decidiu que deixaria o Papai Noel levar o bico e assim foi. Pra quem não podia ficar mais de 1 hora sem o dito cujo, já posso dizer que essas 30 horas de abstinência sem nenhuma recaída já são uma vitória!

Infelizmente o dia 25 amanheceu chuvoso e não podemos estreiar a bici na rua... Mas nem por isso ele deixou de se divertir e de estreiar também o primeiro galo! Foi uma queda, mas não DA bicicleta, e sim NA bicicleta. Ele ficou tão alucinado que conseguiu tropeçar e cair de cabeça no pedal. Um galo em cima do olho, pra registrar o momento.

Nossa casa está uma zona, tem brinquedos espalhados por lugares que eu nem sei! Mas a carinha de felicidade dos bichinhos compensa tudo. Se não fosse por eles, eu provavelmente nem teria lembrado que ontem era Natal.

Crise Maternal


Meu pequeno Gabriel.
Tão doce e esperto. De repente parece que virou meu inimigo. Não quer mais colinho, não quer cafuné, não quer ajuda pra colocar a roupa e muito menos companhia pra brincar!

A mamãe NÃO! Ele berra, dilacerando meu coração.

Passeio no shopping: ele prefere dar a mão pra mãe da amiguinha do que pra mim!!!

Estamos em crise.

Fotografia!

Depois de um tempo de muito desânimo e falta de inspiração, eis que surge algo interessante: fui escolhida para participar de uma MENTORIA com uma fotógrafa maravilhosa, cujo blog eu acompanho há um tempo: LUCIANA PRADO.

A empolgação foi tanta que comprei uma lente nova pra minha câmera. Minha 35mm f1.8 chegou ontem, agora a diversão tá garantida.

Férias em família - eu fui... e voltei

E eu imaginava que quando voltasse, isso seria praticamente um relato de uma sobrevivente. Pasmem, as coisas correram melhor do que o esperado.
Família gaúcha em férias no Nordeste. Um casal, DOIS bebês e 50kg de malas. Na bagagem de mão, mamadeiras, lanchinhos, brinquedos pra distrair as crianças no avião e um mapa pra não nos perdemos em Maceió, a meia noite, quando chegasse o vôo. Isso mesmo, uma família desbravando a noite de uma cidade desconhecida. E chagamos lá com chuva!! O carro alugado já nos esperava no aroporto e foi aí o nosso primeiro contato com o povo local. Gente muito simpática, posso garantir! Mas nem por isso a comunicação era fácil... viva a diversidade de cultura do nosso país! O português nordestino pode ser algo mais difícil de entender do que uma língua estrangeira! Ôxi!!

Mas tenho que dizer que foi tudo MARAVILHOSO. As praias são lindas de viver, a comida é ótima, os hotéis em que ficamos foram muito bons e o melhor, passeamos, nos divertimos e relaxamos muito. Relaxamos sim, mesmo com as crianças pulando pra lá e pra cá, comendo areia e fazendo cocô na sunga, foi possível aproveitar tudo de bom.

A minha dica pra quem quer se aventurar em algo assim é: estabeleça uma ROTINA. Sim, é férias, eu sei, mas rotina, com crianças, é fundamental. Pode parecer absurdamente insano, mas nesses oito dias nós levantávamos as 6h da manhã e íamos dormir as 20:30. Essa era a rotina. Na verdade quem estabeleceu isso foram eles, os pequenos indomáveis. O negócio é entrar no jogo e seguir a regra. Assim a gente conseguia descansar e aproveitava o dia ao máximo! No nordeste o sol nasce muito mais cedo e também se põe mais cedo. As 17h já é quase noite! Então essa foi a melhor opção, sem dúvida.
Outra dica pra quem vai a praia com crianças pequenas: LUA CHEIA. Nesse período a maré fica extremamente baixa, o que é ótimo pros pequenos, que podem aproveitar muito mais o mar. Em algumas praias, esse fenômeno proporciona paisagens MARAVILHOSAS. Em Maragogi nós fizemos um passeio de buggy DENTRO DO MAR. Entramos vários metros, com a água no tornozelo, onde normalmente ela tem 3m de profundidade! Sem falar nas belíssimas piscinas naturais de Pajuçara, Gunga e também Maragogi. Tudo vale muito a pena!

Mas a dica principal é: RELAXAR. Alguns dias o Gabriel encomodou muito porque não queria comer nem tomar a mamadeira. Depois de tanto stress, eu larguei de mão. Afinal, quando tiver fome, vai comer né? E assim foi. O Henrique não pára mais quieto, e trocar fralda virou uma missão quase impossível. Um dia ele conseguiu enfiar a mão na merda e esfregar no lençol todo. Nessas horas bastava lembrar que tinha alguém lá no hotel sendo pago pra lavar minha roupa de cama! hehe

Nada melhor do que acordar e o café da manhã está prontinho, servido em um banquete maravilhoso a beira mar.

Nada melhor do que chegar no quarto depois de um dia estafante, e encontrar tudo arrumadinho, basta tomar um banho quente e cair na cama.

Quando as crianças tiravam uma soneca à tarde, eu e o marido aproveitávamos pra namorar um pouquinho, tomar um drink na beira da piscina, enfim, curtir um momento a sós. Isso também foi muito bom.

Essa é outra diquinha que eu deixo: nós aproveitamos muito mais a praia pequena e semi-deserta no meio do vilarejo (Japaratinga), do que a praia em Maceió, cidade grande. Um hotelzinho simples, na beira do mar, é muito mais prático com crianças. A porta do nosso quarto saía direto na piscina, que por sua vez, fica quase na areia da praia!

Claro que houveram imprevistos. No dia de ir embora, saímos do hotel com bastante antecedência, pois precisávamos viajar 120km até Maceió e mais 30km até o aeroporto. O que acontece é que esse trajeto demorou 4h!!! Chegando lá, o embarque já havia encerrado, por pouco, muito pouco, não ficamos de fora. Acho que as pessoas se comoveram com as crianças choramingando penduradas no colo e conseguiram nos colocar no avião.
Enfim, dessa viagem ficarão muitas lembranças boas. Foi o primeiro contato dos meus dois filhotes com o mar, foi minha primeira viagem de avião, nossa primeira aventura juntos... nós quatro. =-)
 
Em breve mais fotos.

3 anos

No dia 08/09 completamos 3 anos de "namoro".
Até hoje quando me perguntam "estado civil?" eu não sei ao certo o que responder. Casada? Não. Ele é casado, eu não. Solteira? Também não, afinal vivemos juntos e temos 2 filhos juntos. Enrolada? É, talvez esse sirva. Essa é a relação mais enrolada que já tive na vida! Parece que essa semana deve sair o divórcio dele, finalmente. Mas eu já desisti de receber a proposta de casamento. Ele me ama, eu sei, senão não teria me aguentado todo esse tempo (afinal ninguém aguentou até hoje). Mas casamento? Não. Acho que ele já traumatizou o suficiente e eu também.

Procurei aqui uma fotinho romântica pra postar e percebi que não há.
Fotos de bebês, isso tem. E muito.

Fica pra próxima.

Momento

Biel Bem Gandi

Gabriel nunca foi muito ciumento com o mano. No dia da chegada da Maternidade sim, ele surtou, corria e batia a cabeça na parede, como quem diz "não olhem pra ele, olhem pra mim, tô aqui!!". Mas passou rápido. Logo ele se tornou o melhor amigo do mano. E quer ser igual em tudo. Se o mano coloca casaco, ele coloca também. O mano tirou a meia, tira também. O mano brinca de morder o brinquedo, ele morde também. O mano anda no colinho... adivinha? Haja braço pra carregar tanto bebê!!!
Foi aí que nós instituímos a campanha "Biel já é grande!"
É impressionante como funciona.

Basta dizer "Mano vai no colo porque é pequeninho, Biel é bem grande e sabe caminhar". Pronto. Ele não quer mais colo, de jeito nenhum. E aí naqueles dias que a gente sai atrasado de casa e precisa descer 3 andares de escadas rápido, nada feito. Biel é bem grande e vai caminhando, a passinhos curtos e lentos.

Mas não posso reclamar. Biel, que estava numa fase "só durmo no sofá", agora voltou a dormir a noite toda, como um anjo, na sua caminha. (caminha bem gandi, como ele chama).

E assim ele assume, muito orgulhoso, a sua condição de Biel Bem Gandi.
Realmente, é fato, meu pequeninho tá crescendo.

O que tem acontecido

Tanta coisa.

Vamos atualizar.

Meu filho completou 2 anos. Tantos preparativos (meses! fortunas!) e a festa estava linda e as pessoas animadas e muitos elogios e muitos presentes. E faltou lá a minha mãe. Saudade.
Gabriel anda falando pelos cotovelos. Fala, fala, fala... demais. Tem momentos que eu só queria um silenciozinho. Sabe? Pra ouvir meus próprios pensamentos, pra lembrar que eu ainda existo.

Gabriel é muito esperto, adora brinquedos de encaixar e bola de futebol. Tem um chute forte e nessas horas eu queria morar numa casa com pátio bem grande. E uma empregada pra me servir champagne na piscina. Eu nem gosto de champagne.
Gabriel é super preocupado e carinhoso com o mano. Claro que odeia dividir os brinquedos com ele, mas entre tapas e beijos, no fim dá tudo certo.

O mano. Ah, o mano. Cresce rápido né? Outro dia vi um dente. Demorou. 8 meses!!! Eu sei que não devia, mas comparando com o outro, demorou. Gabriel sentou com 5, Henrique com 8. Gabriel teve seu primeiro dente com 6, Henrique com 8. Gabriel engatinhava com 8 e Henrique ainda se equilibra sentado.
Mas ele é tão risonho, tão simpático, adora uma folia e às vezes dá pra ver no olhar a angústia por não poder rolar no chão com o irmão.

Mas um dia ele vai. E não falta muito.

Silêncio? Nunca mais.

E por isso é tão difícil buscar a paz interior. Minha cabeça é uma panela de pressão, a todo vapor. Mil coisas pra pensar, organizar, executar. Filhos, marido, casa, trabalho, faculdade. Até a viagem de férias vira um transtorno porque é preciso PLANEJAR. Roteiros, dinheiros, malas, comidas.

E aí minha faxineira surtou.
Resolveu que quer a minha vida pra ela. Decorou a casa do jeito que ELA gosta. Deixou a geladeira cheia de comidinhas pros MEUS filhos e uma sacola de brinquedos novos esperando no quarto. Em cima da cama um "presentinho que comprei para o casal. Bom proveito": uma camisola sensual azul calcinha.
MEDO.

Agora preciso trocar a fechadura e arrumar outra faxineira. Que cobre R$25,00 por semana pra limpar um apto de 3 quartos e 2 banheiros. O lado insano dela tinha esse benefício.

Enfim... a vida segue.

Back again

Por que será que com o tempo a gente perde a sinceridade e transparência que naturalmente temos quando criança? Não sei. E não sei também até que ponto não é isso que faria a diferença.
Mas tudo bem. Nessa vida de adulto, às vezes só nos resta baixar a cabeça e fingir que tá tudo bem.

E a vida continua.

O início do fim

Momento deprê.
Eu tenho me sentido vazia. Às vezes me pego pensando qual o sentido disso tudo? Será que tem um sentido? Será que eu não to fazendo a coisa errada?
Eu sinto uma vontade imensa de... explodir! Explodir de raiva, de felicidade, de cansaço, de alegria... de qualquer coisa. Só explodir. Sabe? Boom.

Tempo, tempo, tempo...

Agora eu entendo aquela sensação de felicidade que meu pai transmitia cada vez que chegava um sábado.
Enquanto criança, eu não percebia o valor imensurável dessas 48h semanais em que somos LIVRES.

As obrigações existem, a pilha de louça pra lavar, as roupas sujas, a casa bagunçada, os filhos com fome, os livros da faculdade... tudo isso existe. Mas o simples fato de não precisar trabalhar supera qualquer tarefa doméstica e torna o FINAL DE SEMANA um momento sagrado.

Depressão-pós-volta-ao-trabalho. Acho que é isso. Eu, que nunca gostei de ficar ociosa, daria tudo pra voltar a minha licença maternidade e ficar em casa de perna pro ar. De perna pro ar sim, porque meu picorrucho é um santo bebê e talvez o que me menos me incomoda até então.

Não existe nada mais frustante do que passar o dia aprisionada num lugar indesejável, fazendo um serviço sem graça, olhando o sol lá fora e contando as horas pra sair. E quando chega essa hora, já é noite. E não tem mais sol.
Meus filhos passam 9 horas na escola, 11 horas dormindo (não disse que são uns anjos?), e o resta pra MIM são 4 horinhas diárias. 4!!!
Eu queria que meu dia tivesse mais horas. Mais horas pra viver!

Adaptações

Essa semana o Henrique começou a frequentar a escola. E como já era esperado, a grande adaptação às mudanças é minha e não dele. De manhã ele se vai junto com o irmão, bem feliz, todo risonho quando a profe vem pegá-lo na porta. Na saída ele vem cansado, chega em casa e dorme feito um anjo. E eu? Bom, enquanto isso eu tento retomar a minha vida. Me matriculei em um curso de fotografia. Nossa, como está sendo bom!!! Confesso que a primeira saída sem o Henrique pendurado no sling foi no mínimo estranha. Mas logo eu já estava saboreando o gostinho da liberdade! Conheci gente nova, falei sobre assuntos diferentes...
Daqui duas semanas  começa uma outra nova etapa... o retorno ao trabalho. Eu não quero pensar muito nisso, mas na verdade eu preciso. Preciso muito me concentrar e fazer o possível pra não odiar tanto isso como eu estou odiando sem nem ter voltado ainda. hahaha! Eu já falei que odeio meu trabalho? Odeio. Mas isso é assunto pra outro capítulo, quem sabe muito distante.
Estou empolgada com minha câmera nova e meu curso de foto... tenho algumas idéias e projetos em mente... quem sabe né.. um dia... a liberdade será completa.

E lá se vai o tempo...

Maio já tá chegando ao fim... 1 mês é o tempo que falta para o fim da minha licença maternidade e também para a festinha de 2 anos do Gabi. Duas coisas importantes acontecendo quase juntas!

O retorno ao trabalho traz uma consequencia inevitável... O Henrique irá pra creche. O bom é que é a mesma escola do irmão, as pessoas já são conhecidas, então é tudo mais tranquilo. Mas nem por isso é fácil!!! Na primeira licença foram 4 meses em casa. Agora serão 6. Meio ano grudada 24h com meu filhote e de repente ele se vai!!!!!!!! Mas a vida é assim... nossos filhos são do mundo.



Bom, quanto ao aniversário do Gabi... loucura, loucura, loucura! Já tá quase tudo pronto (com 3 meses de antecedência até docinhos eu já tinha encomendado!!), mas ainda estou terminando uns trabalhos manuais pra decoração... o que o tempo livre faz com as pessoas hein... me aventurei no artesanato!


Mas um item importantíssimo eu resolvi hoje... em vez de pagar R$400,00 para um fotógrafo registrar a festa, COMPREI MINHA PRÓPRIA MÁQUINA!!!!!!!!!!! Foram anos sonhando com algo assim e agora finalmente realizei. Segunda-feira ela deve estar aqui. Estou igual criança com brinquedo novo, isso que ela nem chegou ainda...


Voltando...

Depois desse tempo em off, voltei.
O que tenho feito?
Nada.
Simplesmente desanimei.

Passou meu aniversário, aniversário da minha mãe, Dia das Mães... enfim, muita data nostálgica em pouco tempo. Mas eu sobrevivi e cá estou.

A família vai bem. Filhos crescendo, descobrindo o mundo, me fazendo feliz.

Feliz Páscoa

Ficando independenteS

Fazem alguns dias que o Henrique comçou a dormir até as 6h da manhã DIRETO.
E isso me deu coragem pra tomar uma decisão: mandei ele pro quarto do Gabriel!!! Agora os maninhos dormem juntos e mamãe e papai voltam a ter privacidade, obaaaa!

Ontem foi a primeira noite assim e por enquanto tudo em ordem. Gabriel dormiu feito um anjo, como sempre, e Henrique foi das 23h às 6:10 sem dar um piu!!!! Acordou, mamou e tá dormindo até agora (8:50).

Eles crescem né?
Parece que foi ontem que eles nasceram:

Orfã

Hoje eu vou deixar de falar sobre ser mãe e vou falar sobre ser filha.

Quando era criança, meus pais me ensinaram a dizer "bom dia", "muito obrigado", "por favor". Me ensinaram a esperar minha vez e a ouvir mais do que falar. Aprendi a respeitar os mais velhos e a não maltratar os animais. Entendi a diferença entre o certo e o errado da mesma forma que a "direita" e a "esquerda": errando. Meus pais Me ensinaram a olhar pros dois lados antes de atravessar a rua. Não apontar para as pessoas. Não falar de boca cheia. Não interromper quem está falando. Aprendi que a mesada tem que durar um mês. Papel de bala vai no lixo, não no chão. E bala só depois do almoço. Aprendi a amarrar o tênis, a andar de bicicleta e a escrever meu nome. Aprendi matemática, física e biologia. Meu pai me ensinou a dirigir. Minha mãe me ensinou a sonhar. Entendi que a faculdade é coisa séria. Meus pais me ensinaram que o trabalho enobrece o homem. Amizades não são eternas, mas a família sim. Inveja e preconceito são sentimentos desprezíveis.

Meus pais me ensinaram que há coisas que a gente só aprende depois que vira mãe ou pai. O que eles não me disseram é que essa parte eu teria que aprender sozinha.

Sabe aquele dia em que a gente acorda querendo um colinho, se sentindo muito mais filha do que mãe?

Minha vontade era voltar a ser filha... eu quero a minha mãe.










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A crise dos 3 meses - o retorno

É incrível como a gente esquece fácil das coisas. Ainda outro dia o marido comentava como o Gabriel, nosso primeiro filho, era mais tranquilo que o Henrique. Dizia que ele praticamente nunca chorava... Ah é?? Pois além da memória curta, tem outro detalhezinho: quem passava as tardes com o bebê em casa era EU e não ele. E pra confirmar isso, eu tenho meus registros no blog antigo (que não consigo mais acessar por um problema de senha). Relendo esse post eu vejo que hoje a cena toda se repete. O Henrique completou 3 meses na semana passada, já não tem mais cólicas, fica um certo tempo acordado, observando tudo e ri muito. É saudável, simpático, tranquilo. Mas quando resolver aloprar, ele alopra messsssmo. E é igualzinho o Gabriel fazia, um choro aparentemente sem motivo nenhum. Não é fome, não é dor, nem calor nem frio. É um choro e só. Ele berra até cansar (ele e nós) e depois dorme. Vai entender?!

Pelo menos agora eu sei que é passageiro e que no fim, provavelmente, todos sobreviverão. Ser mãe de segunda viagem tem seus benefícios.

Aí está o gurizão. 3 meses, 5.600g e 59cm.



 
 
 
 
 
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Do virtual para o real

Em 2007, quando eu engravidei pela primeira vez, foi um susto e eu me senti completamente perdida e sozinha. Fui procurar "companhia" no orkut. E achei! Numa simpática comunidade chamada Bebês Junho e Julho 2008 (que mais tarde passou a se chamar "Bebês MAIO Junho e Julho 2008", devido aos apressadinhos), foi lá que encontrei pessoas na mesma situação que eu, pessoas que poderiam me entender. Com o passar do tempo, percebi que na verdade era muito mais do isso. Já são mais de 2 anos compartilhando histórias e sentimentos com essas pessoas, e hoje posso dizer que muitas delas são minhas amigas.

Porque uma coisa é certa: depois que a gente vira mãe, só uma outra mãe pra nos aturar. É difícil, muito difícil, manter os antigos amigos com a mesma energia. Os assuntos são outros, as prioridades são outras, é tudo diferente. E quando esses amigos são colegas de faculdade ou companheiros de balada, aí sim, pode esquecer. No início eles vão se mostrar interessados e preocupados, podem até te procurar uma vez ou outra. Visitinha pra conhecer o novo bebê, conversinhas esporádicas... e aos poucos vão se distanciando. Quem passa as madrugadas de sábado dançando freneticamente com uma garrafa na mão não quer saber de quem passa as madrugadas de sábado com um bebê no colo. Olheiras de ressaca não combinam com olheiras de maternidade.

Então resta a conformação. A gente perde alguns amigos, mas ganha outros. Pessoas que sabem argumentar sobre a qualidade do leite, que entendem a diferença entre a Pampers vermelha e a Total Confort e que sempre carregam bolachas e suco na bolsa. E com essas pessoas a gente pode fazer um pic nic no parque, rodeados de brinquedos, falando bobagem e rindo a toa.  Eles não vão te achar um anormal se precisar trocar uma fralda em local público, nem se tirar um teta pra fora porque o bebê está com fome.

E o que era pra ser uma coisa boba de internet, se tornou isso. Nosso grupinho saiu do virtual e está aí. Nossos orkontros acontecem desde 2008 e quando nossos filhos crescerem, se rebelarem e ganharem o mundo, certamente restará algo de muito bom dessa amizade que nos fará seguir o caminho sem eles.


Se um já bagunça, imaginem DOIS...

No último fim de semana nosso programa foi em casa. Longe dos tiroteios, da poluição, dos vendedores ambulantes, das tentações gastronômicas. Enfim, na paz e tranquilidade do nosso lar doce lar.... Ou nem tanto.

Recebemos aqui uma amiguinha do Gabi, da escola. Meu filho tem 1 ano e 9 meses e talvez esse seja o primeiro amor da vida dele! É "Isabéia" pra cá, "Isabéia" pra lá o dia todo. Pois então "Isabéia" veio AQUI. E conheceu seu quarto. E brincou com seus brinquedos. E dividiram o copo de suco. Compartilharam chupetas, paninhos, babas. E muito amor. Ah, como é lindo o sincero e inocente amor infantil. E que bagunça.

Se meu filho sozinho já faz uma zona, imagina acompanhado. E aí eu fiquei pensando no que me espera daqui uns meses, quando essa zona não será apenas nos finais de semana quando recebermos algum amiguinho, mas sim todos os dias. Gabriel e Henrique full time!

Mas posso dizer? Adoro.






 

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Sou viciada e dependente...

...do COMPUTADOR!!!!!!

Foi uma semana inteirinha formatando e reinstalando Windows nessa porcaria de computador. Mas eu não me entreguei!!! Levar na assistência técnica? Pra eles cobrarem uma fortuna e o pior: pra eles me deixaram 4 dias isolada do mundo, sem o meu computador???? Não, obrigada. Prefiro eu mesma resolver o problema, mesmo que eu não faça a mínima idéia de que problema seja. =)

O importante é que parece que deu certo.

Estou de volta.








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A nossa vida não vale nada

Basta um imbecil com uma arma da mão e tá tudo acabado.

Ontem fez um dia lindo, ensolarado e não muito quente. Perfeito para um passeio no parque. Juntamos a família e fomos. Mas nosso pic-nic foi interrompido a bala!!! Isso mesmo, tiros. Eu nunca tinha presenciado uma coisa dessas e devo dizer que foi mais terrível do que eu jamais poderia imaginar.

Ali, bem pertinho de onde estávamos, um cara com uma arma na mão disparava enlouquecidamente, enquanto todo mundo se jogava no chão e chorava!!! O Fred abraçou o Gabriel e os dois deitaram no chão, enquanto isso eu voei e arranquei o Henrique do carrinho, ainda sem entender o que tava acontecendo. Vi aquela gente toda deitadinha no gramado e só o cidadão parado apontando a arma quase na nossa direção. Ele ainda deu uns dois tiros num outro antes de sair correndo. Então todos levantaram e se mandaram dali!! Na verdade nem todos. Uns ficaram no chão.

Depois eu soube que houveram 5 feridos, um em estado muito grave com uma bala na cabeça. Soube também que tudo foi uma briga entre duas gangues. Eles marcaram o encontro pelo orkut e segundo testemunhas isso já aconteceu mais vezes, o que ninguém esperava era que um dos imbecis estivesse armado. 

Eu não consigo parar de pensar que uma dessas balas perdidas podia ter atingido um dos meus filhos. A nossa vida não vale absolutamente nada pra essa gente. Com uma arma na mão eles fazem o que bem entendem.

Esse foi o registro do nosso passeio. Ali atrás, naquelas árvores, foi onde tudo aconteceu:


Cinematerna - eu fui!

Finalmente fizemos nossa estréia no Cinematerna, eu e Henrique. Pra quem não conhece, vale a pena conferir: www.cinematerna.org.br

Meu filho Gabriel não pode ir mais, já perdeu a validade (é para bebês até 18 meses).

Tenho que dizer que foi uma AVENTURA.

Pra começar, cheguei atrasada. A sessão iniciava as 14h e a última vez que olhei o relógio, ainda dentro do ônibus, já eram 14:09. Desci correndo, com o Henrique no sling, atravessei todo shopping, cheguei na fila da entrada suando (justo no dia que o calorão foi embora e fez só 22ºC), pedi o ingresso pra sessão do Cinematerna, pois a essas alturas nem sabia mais o nome do filme!

Gente, fazia uns 2 anos (sim, ANOS) que eu não ia no cinema. A última vez eu estava grávida do meu primeiro filho ainda. E logo de cara já vi a primeira mudança: agora a gente pode escolher a POLTRONA. Me senti uma colona embarcando numa viagem aérea! "A senhora por favor escolha sua poltrona". "Hã? Como assim?" Fiquei olhando praquela tela com o mapa de assentos e não conseguia entender onde era o início e onde era o fim. Pra facilitar, olhei bem no meio e escolhi m número. "Sei lá, pode ser o 10". "10 de qual fila, senhora?". Anta! Todas as filas são numeradas iguais!!! HAHAHAHA. Tive que rir da minha própria cara. Já que a atendente era antipática demais pra achar graça da situação.

Bom, mas aí entrei na sala. Pergunta se sentei na minha poltrona? Claro que não! Tinha muiiiitos lugares vazios e se eu ainda fosse perder tempo procurando A MINHA poltrona no H10 eu provavelmente perderia a outra metade restante do filme.

Sentei na cena em que o George Clooney fazia insinuações sexuais sobre o tamanho de seu órgão reprodutor para uma mulher num bar. Minutos depois os dois foram para um quarto e tcharam! Aí eu entendi porque bebês maiores de 1 ano e meio não podem ir às sessões. Seria constrangedor.

O que, para minha surpresa, não foi nem um pouco constrangedor foi aquele monte de bebê fazendo ruidinhos. Que coisa mais legal!!! Juro, muito legal mesmo. Me senti em casa. (afinal, na minha casa o que não falta são bebês). De um lado bebê dormindo, de outro bebê comendo, bebê mamando, bebê brincando no chão, bebê reclamando, bebê arrotando enquanto George Clooney trepa no telão! ADOREI!

Meu filho se comportou muito bem, não chorou nenhuma vez. Porém....... Depois da mamada, ele ficou um pouco inquieto no meu colo e aí adivinha? Lembrei de um post sobre as melecas que escrevi aqui outro dia. Sim,  se cagou. Mas se cagou MUIIIIITO. Quando eu senti aquilo quentinho na minha perna, deu vontade de berrar um "eu não acredito!!!" bem alto. Tomei coragem e levantei... tive que estreiar o trocador também! São dois trocadores, muito bem equipados mas muito mal posicionados. Ficam lá na frente, distraindo quem assiste ao filme. Mas faz parte do show, assim como os bebês que ficam correndo embaixo da tela e espalhando seus brinquedos por toda sala... o máximo! Bom, troquei a fralda e graças a deus eu tinha levado uma roupa extra, porque o estrago foi grande. Só não levei roupa extra pra mim, porque não imaginei que fosse preciso. Na proxima eu levo até banheira, porque só um banho pra resolver 100%.

Agradeço a moça da organização que me auxiliou e até meteu a mão na merda! Muito simpática.

Voltando ao nosso assento, Henrique não podia deixar de dar aquela golfada. Voou vômito quase na cadeira ao lado, mas ainda bem não tinha ninguém e no escurinho acho que ninguém percebeu. Coitado de quem sentar lá depois.

Mas entre cagados e vomitados, foi tudo muito ótimo!! Adorei de verdade. O Cinematerna está recomendadíssimo!!! Na próxima sessão estaremos lá. Prometo chegar cedo, escolher a poltrona certa e levar muitas roupas extras.

"Bota o casaquinho meu filho" uma ova!

Dizem que mãe de primeira viagem tem mania de querer encher o filho de roupa, mesmo no verão. Bom, eu não tive esse problema porque meu primeiro filho nasceu no inverno. Acontece que o Henrique, meu segundo, esse sim, não nasceu apenas no verão, nasceu NO CALOR. As altas temperaturas que têm sido registradas aqui em Porto Alegre já são recordes! Desde início de janeiro estamos vivendo dentro do caldeirão!!

E aí, meu bem, haja saúde.

Nessa hora não basta o bom senso materno. No começo eu confesso que tinha receio de deixar o menino tão pelado. E colocava uma meinha. Mas depois eu comecei a PENSAR e imaginar o que seria de mim se eu estivesse usando uma meinha em plenos 40ºC portoalegrense. Ok, pela o pé também.

Mas aí a sensação térmica se foi aos quase 45ºC e já não adiantava mais andar sem roupa. Seria preciso andar debaixo dágua!! Entre jogar o Henrique no Guaíba e ligar o ar condicionado, preferi a 2ª opção.

E é aí que mora o perigo.

Entra em casa, ar condicionado. Sai de casa, bafão. Entra no carro, ar condicionado. Sai do carro, bafão. Entra no shopping, ar condicionado (esse a -30ºC!!), volta pra rua, bafão. E assim a gente vai, variando a temperatura em 20ºC a cada 30min... quem é que vai resistir?!?

Fazem umas 5 noites que o Henrique tem dormido muito melhor. Chega a dormir 5 horas seguidas (mãe de recém nascido sabe que isso é a glória!!). Pois agora se foi tudo por água abaixo. Agora ele não dorme mais por causa do nariz entupido.

E eu só sei duma coisa... ter bebê no inverno é muito mais fácil.

Melecas Cotidianas

Vocês, que são mães, já perceberam como volta e meia a gente tá falando de COCÔ?!? E o pior, com a maior naturalidade do mundo. "Ah, porque meu filho faz cocô durinho, mas cheira muito mal quando ele come mamão". "E quando ele come beterraba sai até meio rosado". Papo legal. Principalmente quando ele começa no meio do almoço de domingo, na casa da sogra. "Essa lasanha me lembrou que precisamos marcar uma consulta na pediatra... o bebê está fazendo um cocô muito mole". "Humm, delícia de lasanha hein sogra".
O cocô não sai da cabeça.


E não sai do lençol também. Eita coisinha que mancha, principalmente aqueles que saem com pressão, como se fosse um tiro de basuca. Sabem? Eu sei que vocês sabem.
Meu filho Gabriel, quando era recém nascido, cagava a cada 3 horas. Exatamente o período das mamadas. E na maioria das vezes não dava nem intervalo. Era mamá e cocô ao mesmo tempo. Por 2 segundos ele parava de sugar e dava aquela espremidinha discreta e...... o que vinha depois não era nada discreto.


Com 1 mês de idade levamos ele pra fazer o tal teste da orelinha. Durante o exame o bebê precisa ficar parado (e sem chorar) por 1min. 1min? 1min não é só, é muito, acreditem. Como ele não parava, a médica pediu que eu colocasse ele pra mamar. Ok, parou. Mas o estrondo gastro-intestinal que veio em seguida, imaginem, naquela sala com isolamento acústico onde se escuta até um alfinete caindo no chão, foi memorável.


Só teve uma coisa que me fez rir mais do que isso. 1 ano e meio depois, quando levei o Henrique pra fazer o mesmo teste, no mesmo lugar, com a mesma médica, adivinhem só? Foi a mesma coisa.
Mas chega de falar de cocô. Vamos falar de vômito.


Existe outro quesito em que eles não negam que são irmãos: o vômito. Tanto um quanto o outro, meo deos, regurgitam praticamente todo leite que bebem. E não venham me dizer que é refluxo! Não é. A pediatra já disse que é normal. Se ele só vomita, não chora e não perde peso, é normal. Ok, quem chora (mas nem assim perde peso) SOU EU. Eternamente fedendo a leite azedo, com a blusa molhada, não só do leite que sai de dentro, mas do que vem de fora! Uma beleza.


Mas enfim.. esse assunto todo me deu uma vontade de tomar um banho. No chuveiro.


Amanhã eu volto.

O retorno

Pois então.
Na minha primeira licença maternidade, em 2008, eu resolvi que ia fazer um blog, um espaço pra desabafar e também pra registrar todas as façanhas e aventuras do meu filho. Tudo ia muito bem, até que um hacker cretino qualquer levou embora minha senha do gmail e eu perdi TUDO, inclusive o blog. Por enquanto ele continua ativo, no limbo cybernético. De vez em quando eu me divirto relendo alguns momentos.

Bom A Primeira Viagem acabou, ironicamente no dia em que descobri minha SEGUNDA GRAVIDEZ. Meu filho tinha 8 meses, mal engatinhava. Hoje o maninho já nasceu e está com 2 meses. Gabriel e Henrique são os dois presentes mais lindos que o Fred já me deu.

Então, cá estou, 1 ano e meio depois, novamente em licença maternidade. É hora de começar um novo blog. As histórias para contar são muitas, afinal, agora somos quatro.